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sábado, 5 de novembro de 2011

Embaixador de Israel analisa Primavera Árabe e pergunta: "todos os dias morrem 30 ou 40 pessoas na Síria, onde está a comunidade internacional?"

Ehud Gol analisa a situação no Médio Oriente e as mudanças provocadas pela Primavera Árabe. Diz que Israel prefere um mundo árabe democrático mas reconhece que o antigo presidente egípcio Hosni Mubarak tudo fez para manter a paz com israel. O Irão continua a ser o maior inimigo e a maior preocupação.

José Manuel Rosendo

terça-feira, 5 de julho de 2011

Mundo - ‘Indignados’ gregos decidem continuar na Praça Sintagma - RTP Noticias, Áudio

Mundo - ‘Indignados’ gregos decidem continuar na Praça Sintagma - RTP Noticias, Áudio

A Praça Syntagma encheu. Milhares de pessoas. Na Praça e nas sete faixas de avenida frente ao Parlamento. Uns manifestaram-se insultando o governo grego e cantando o hino nacional, outro participaram no debate. Na Praça, entre poemas de Pablo Neruda e música de saxofone a decisão foi de manter o protesto. Estiveram representantes dos "indignados" de Madrid, Barcelona e Tunísia.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Faixa de Gaza em Atenas

Impedidos de zarpar em direcção à Faixa de Gaza, os activistas do barco norte-americano "The Audacity of Hope" deslocaram-se à Praça Syntagma, em Atenas, para marcar um protesto contra a atitude das autoridades gregas que para além de impedirem a saída do barco detiveram o comandante. Os activistas acusam o governo grego de cumplicidade com o governo israelita. Associam a isso os investimentos israelitas na economia grega. E criticam também a Embaixada norte-americana em Atenas por ter demorado a responder aos pedidos de auxílio e de até agora não ter feito nada para alterar esta situação.
Os activistas pró-palestinianos manifestaram-se frente ao Ministério da Protecção Civil e dizem que a esperança de chegar à Faixa de Gaza ainda não morreu. Pretendem furar o bloqueio que Israel impõe ao território palestiniano desde que o Hamas chegou ao poder.
José Manuel Rosendo
Atenas, 3 de Julho de 2011 

Amor é...

Foi assim, esta tarde, na Praça Syntagma, em Atenas. A Praça fervilhava de actividade mas nada parecia perturbar este longo beijo. Tenho a sensação de já ter visto foto parecida em Atenas e fiquei com a ideia de que queriam mesmo ser fotografados, mas se assim foi a vontade está feita. E acaba também por ser um símbolo do sentimento geral do idealismo que se vive na Praça onde a Grécia está focada. Os confrontos violentos da semana passada até são condenados por quem faz parte destes colectivos que ocupam a Praça. condenam a polícia (muito) mas também condenam os grupos mais radicais.
José Manuel Rosendo
Atenas, 3 de Julho de 2011

Indignados" gregos mantêm ocupação da Praça Syntagma

A Assembleia realizada domingo à noite decidiu que os "Indignados" vão ficar na Praça Syntagma até novas Assembleias agendadas para 4ª e 5ª feira com todos os grupos que têm participado no movimento de revolta.
Para além desta decisão aprovaram um comunicado em que lançam um aviso aos potenciais investidores em empresas públicas gregas que o governo pretende privatizar. Não reconhecem legitimidade a este governo para aprovar as leis que permitem a privatização de empresas públicas e dizem que quando o povo estiver no governo, o dinheiro dos que comprarem as empresas públicas (que voltarão a essa condição) não será devolvido. O Comunicado lembra ainda o herói grego Kanaris que fez explodir vários barcos do Império Otomano durante a guerra da independência da Grécia. Dizem os "Indignados" que Kanaris era um homem normal, mas fartou-se da ocupação. Todas as épocas geram os seus heróis.
José Manuel Rosendo
Atenas, 3 de Julho de 2011

domingo, 3 de julho de 2011

"Indignados" gregos decidem hoje se mantêm a ocupação da Praça Sintagma

Os "indignados" gregos que ocupam a Praça Sintagma desde 25 de Maio, decidem este domingo (3 de Julho) se mantêm a ocupação ou se abandonam a Praça. Esta noite, uma Assembleia, vai tomar a decisão. Por agora a ocupação é bem recebida por grande parte da população, que visita a praça e tem palavras de incentivo para com os que protestam contra a situação social e económica da Grécia. Há um divórcio aparentemente irreversível entre os "indignados" e os políticos que ao longo dos anos conduziram a Grécia a esta situação.
O ambiente na Praça Sintagma é de absoluta tranquilidade e os "indignados" não concordam com os activistas de grupos radicais que (ainda ontem à noite) provocam a polícia tentando criar situações de confronto físico.
Na Praça Sintagma ficou uma marca portuguesa (na foto) dos poucos dias que alguns portugueses estiveram aqui em solidariedade com o protesto grego.
José Manuel Rosendo
Atenas, 3 de Julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Protesto sírio em Atenas


Cerca de duas centenas de sírios iromperam pela Praça Sintagma manifestando-se contra a repressão que o presídente sírio, Bashar Al Assad vem exercendo contra os sírios que reivindicam liberdade, democracia e justiça. Uma grande bandeira da Síria foi o elemento que mais se destacou na manifestação que foi bem acolhida pelos "indignados" que permanecem na praça frente ao Parlamento grego. Aos gritos de "Liberdade para a Síria", agitaram bandeiras, queimaram fotografias do presidente sírio e mostraram-lhe um cartão vermelho. Se considerarmos os dois dias de violência, durante a semana, esta manifestação síria e ainda a concentração de barcos que pretendem dirigir-se a Gaza para furar o bloqueio israelita, Atenas é por estes dias uma marca forte na actualidade política internacional.

José Manuel Rosendo
Atenas, 1 de Julho de 2011



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Querem o meu voto? Ora então digam-me lá…

Nos primeiros dias de campanha eleitoral a história ameaça repetir-se: alguns líderes políticos dão sinais de pretenderem substituir os temas que interessam às pessoas, os que tratam dos problemas reais, por uma outra agenda da trica partidária que vai, inevitavelmente, perder-se na espuma dos dias.

Eu até quero saber quem fez o quê, e quando, e como, mas agora o que eu quero mesmo conhecer são os projectos que cada um dos líderes tem para tirar Portugal desta bagunça. Sim, disse bagunça!

Quero saber quem deve, quanto deve e a quem deve. E como se vai pagar e quem vai pagar. Quero saber se em paralelo aos cortes em ordenados, reformas, pensões e vários subsídios sociais, algum partido político pensa num tecto para as reformas mais elevadas e qual é esse tecto. Quero saber que Serviço Nacional de Saúde se pretende para o país. Quero saber que Segurança Social vamos ter. Quero saber que Escola Pública vai ter o país. Quero saber que rede de transporte ferroviário se pretende, e se pública ou privada. Quero saber quem pretende, ou não, privatizar empresas em áreas fundamentais para a Economia e para que um país possa dizer que é um país, sem ser propriedade de capitais estrangeiros: Rede Eléctrica Nacional, CP, Águas de Portugal, CGD, TAP, RTP… e todas as que sejam de áreas e serviços de importância fundamental para os cidadãos. Quero saber quem quer, ou não, privatizar o quê, quando e em que moldes. Quero saber quem permite que os off-shore continuem e quem quer acabar com eles. Quero saber quem está disposto a permitir que os Bancos alterem de forma unilateral os spreads dos contratos de crédito à habitação, e quem não o vai permitir. Quero saber quem está disposto a permitir “contratos de trabalho orais”. Quero saber como é que cada líder pretende que um país com tanto Mar possa, pelo menos, comer o peixe que pesca. Quero saber como é que pretendem recuperar a nossa Agricultura. Quero saber que ideias há para a reorganização administrativa do país (quantos municípios, quantas freguesias). Quero saber se os Governos Civis acabam ou continuam. Quero saber como se vai estimular a Economia. Quero saber tanta coisa… Quero saber que ideias, que projectos, que futuro, os líderes partidários que pedem o meu voto, têm para Portugal.

E não digam que é difícil explicar ao povo coisas tão simples como estas. Quero saber e da forma mais concreta possível. Sem meias-palavras nem palavras ocas. De uma forma que toda a gente entenda e não de uma forma que depois possa ser completamente distorcida.

E vos garanto que se não me disserem o que eu preciso saber, não têm o meu voto!

José Manuel Rosendo

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tenho pena do meu país

Gostava de viver num país a sério. Com gente a sorrir, mas um país sério, e a sério. E um país sério e a sério, na minha opinião, é aquele que se conhece a si próprio. Conhecendo-se a si próprio sabe o que quer e para onde deve caminhar. Ou, no mínimo, por onde não deve ir.


Mas, afinal, que país queremos ser? Que país querem os que se candidatam a cargos políticos em Portugal? Alguém sabe? Eu não. Provavelmente falta de inteligência minha, mas não consigo descortinar uma ideia concreta de país. Uma ideia de colectivo. Não poderá ser unânime, é certo, mas uma ideia colectiva que sirva uma parte substancial dos portugueses; uma ideia de colectivo que nos faça crescer e evoluir como país.

Tenho pena de um país que trata mal os seus velhos; tenho pena de um país que não quer saber das suas crianças; tenho pena de um país que parece não se importar que as suas principais empresas, aquelas que inevitavelmente fazem parte de uma ideia de país, estejam um dia destes em mãos estrangeiras; tenho pena de um país onde quem tem mais de 35 anos é considerado velho na empresa em que trabalha; tenho pena de um país em que a Dra. da Farmácia do meu bairro chega para trabalhar num espampanante BMW preto mas depois coloca as caixas de cartão no caixote do lixo recusando-se a andar 40 metros até ao ecoponto; tenho pena de um país que foi a correr para a União Europeia e agora percebe que foi enganado; tenho pena de um país que entregou parte da sua soberania sem perguntar ao povo se era isso que queria; tenho pena de um país que não reconhece a vontade, o empenho, a inteligência, a competência, a experiência, o saber, e favorece o amiguismo e a cor partidária; tenho pena de um país em que as pessoas já têm medo de falar livremente fora do seu mais restrito círculo de amigos; tenho pena de um país em que os gestores públicos arrecadam milhões de Euros em prémios enquanto o Estado enfrenta um enorme défice interno; tenho pena de um país em que há pessoas que julgam ter o direito de ganharem muitos milhões de euros como se alguma vez na vida pudessem produzir riqueza que justifique tal remuneração; tenho pena de um país em que, consecutivamente, as pessoas votam nas forças políticas que nos têm conduzido à desgraça; tenho pena de um país cujo Estado não tem dinheiro mas vende algumas das empresas que lhe rendem dinheiro, ficando, inevitavelmente mais pobre; tenho pena de um país em que se associa o ensino e os cursos universitários às “necessidades do mercado de trabalho”; tenho pena de um país que não tem muito território mas que parece que ficava contente apenas com uma faixa de 10 ou 20 quilómetros no litoral; tenho pena de um país em que os tribunais não funcionam e quem tem bons advogados arranja maneira de escapar à justiça; tenho pena de um país em que os jornalistas parecem cada vez mais correias de transmissão de interesses económicos; tenho pena de um país em que há uma “união nacional” de pensamento; tenho pena de um país em que quem discorda é visto como extraterrestre; tenho pena de um país em que não se ouve quem pensa diferente; tenho pena de um país que tem três jornais desportivos diários e revistas “cor-de-rosa” em barda, mas não consegue manter jornais de referência com tiragens significativas; tenho pena de um país em que o pequeno comércio fecha portas sufocado por catedrais de consumo das grandes multinacionais servidas por trabalhadores em situação precária; tenho pena de um país que sempre foi Mar e hoje importa milhões de euros de peixe; tenho pena de um país em que as prateleiras dos supermercados estão cheias de produtos agrícolas estrangeiros; tenho pena deste país que tem tantas coisas de que eu tenho pena; tenho pena deste meu país chamado Portugal.

Os actuais políticos – há excepções – são a outra face da moeda em que encontramos D. Afonso Henriques. O Rei libertou-nos, deu-nos alma, bandeira e uma perspectiva de futuro colectivo; os actuais políticos vendem-nos a retalho.

Os políticos da nossa praça, como refere o distinguido com o Prémio Camões 2011, Manuel António Pina (JN, 13 Maio de 2011), “são meros gestores do presente sem nenhuma ideia de futuro”. Tenho pena de um país que até a Língua alterou, por decreto. Só nos falta vender a Bandeira! E, não sei se muitos se lembram, mas já houve quem surgisse com a peregrina ideia de mudar a Bandeira porque, em termos de marketing, seria muito bom para Portugal. Se Deus existe, que nos venha valer neste momento triste.

Tenho pena do meu país, mas não desisto.

19 de Maio de 2011
José Manuel Rosendo

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entrevista a Carlos Lopes, Sub-secretário geral das Nações Unidas




Antena 1 - Entrevista a Carlos Lopes
As Nações Unidas precisam de uma reforma. Os mais recentes acontecimentos no Norte de África são a prova disso, se é que faltava provar essa necessidade. Carlos Lopes, Sub-secretário geral da ONU fala da organização dos desafios e dos últimos acontecimentos no mundo árabe.


Na página da RTP a que o link acima dá acesso, está uma parte da entrevista apenas em audio e a totalidade da entrevista em vídeo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Antena 1 - Entrevista a Luís Miguel Rocha



"A Mentira Sagrada" é o novo livro de Luís Miguel Rocha. Quem foi, afinal, Jesus? O escritor, reconhecido internacionalmente e também por ter chegado ao Top do New York Times, admite que escreve sobre assuntos incómodos para a Igreja Católica, sabe que os seus livros são lidos no Vaticano, mas até hoje nem um sinal lhe chegou sobre a opinião de quem manda na hierarquia da Igreja. E admite que há assuntos sobre os quais não tem coragem de escrever.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Antena 1 - Entrevista a Thorbjorn Jagland



Islamofobia, imigrantes, Direitos Humanos, Liberdade de Expressão, Corrupção, intervenção militar na Líbia, são alguns dos temas abordados nesta entrevista a Thorbjorn Jagland, Secretário-geral do Conselho da Europa.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Reflexão sobre a situação na Líbia


O “Ocidente” deve intervir na Líbia? E se acontecerem situações semelhantes noutros países? Também deve intervir? Ou será que se está à espera que a situação seja de tal modo gritante que qualquer intervenção estará justificada?

Posso estar demasiado desconfiado com as atitudes do “Ocidente” em relação ao Médio Oriente e Norte de África (e todas as outras zonas onde há interesses estratégicos), mas o que me parece óbvio é que ainda não houve uma intervenção na Líbia porque os EUA, a NATO e a UE têm receio de criar um precedente. Isto é: se depois no Iémen, no Bahrein, eventualmente na Arábia Saudita ou em Marrocos e na Argélia, e… o maior receio, no Irão, os regimes responderem à revolta com a brutalidade que Mohamar Kadhafi está a responder? Sim, se houver uma resposta assim brutal a uma revolta, depois de o “Ocidente” ter uma intervenção na Líbia, o que faria o “Ocidente” nos outros países? Voltaria a intervir? E como? Com que meios? Esquecendo que grande parte do petróleo tem origem nestes países?
É certo que têm sido os próprios líbios a dizer que não querem uma intervenção do “Ocidente”. Inicialmente o Conselho Nacional Interino pediu ataques aéreos às posições de Kadhafi, mas acabou por recuar porque a questão estava a dividir os rebeldes líbios, ficando-se por pedir uma zona de exclusão aérea.

Há ainda outra questão a considerar: é aceitável possibilitar uma saída de Kadhafi do país, para um exílio onde possa não ser incomodado pela justiça internacional e podendo manter grande parte dos seus bens? Por mim sou tentado a dizer que não, mas se esse for o preço a pagar para parar o banho de sangue, terei que aceitar qualquer resposta que os rebeldes líbios entendam dar a esta questão.

Olhando para a situação no terreno, ela parece-me muito clara: de um lado as forças leais a Kadhafi, bem armadas, treinadas, com mercenários e com armamento pesado e muito superior, com força aérea e com logística para fazer avançar tropas em grande número; do outro lado milícias mal treinadas, sem disciplina de grupo, militares com armamento obsoleto, desorganização, inexistência de capacidade logística. Mais ou menos o retrato é este.

Resta dizer algo que pode ser determinante: Mohamar Kadhafi pode ter forças suficientemente poderosas para ganhar esta guerra, pode ir conquistando cidade atrás de cidade, mas não parece ter capacidade nem forças suficientes para manter a ocupação de cidades rebeldes porque as milícias podem não conseguir parar o avanço das forças de Kadhafi, mas têm certamente capacidade para manter uma guerrilha.
Depois do que foi feito com o Iraque, é difícil entender as hesitações em relação a Saddam Hussein. Ou talvez não, porque afinal Saddam tinha dizimado milhares de xiitas e curdos e o “Ocidente” ficou-se pelas sanções da ONU, permitindo que proliferasse o contrabando de petróleo.

Será que o “Ocidente” tem coragem para impor um bloqueio total à exportação de petróleo da Líbia enquanto Mohamar Kadhafi estiver no poder?

José Manuel Rosendo
Cairo, 13 de Março de 2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Entrevista ao primeiro Embaixador palestiniano em Portugal


Antena 1 - Entrevista ao primeiro Embaixador palestiniano em Portugal

Mufeed Shami é o primeiro Embaixador Palestiniano em Portugal que tem, de facto, esse estatuto. A representação palestiniana em Portugal tem agora o estatuto de Missão Diplomática. Mufeed Shami espera agora que Portugal reconheça o Estado da Palestina