Nunca escrevi nada parecido, mas desta vez a tampa
saltou. Nem um santo tem paciência para o serviço de atendimento da MEO. Foi
esse péssimo serviço de atendimento, quer por telefone quer em loja, um dos
principais motivos que me levou a terminar os meus contratos com a MEO. E
pensava eu que estava livre da MEO. Puro engano. Depois de cobranças que a
empresa fez para além do que era devido após ter terminado o contrato, agora
confronto-me com a incompetência da MEO (Será? Ou apenas um estratagema para
retardar reembolsos?) na hora de devolver o que foi indevidamente cobrado.
A história é simples: depois daquelas longas esperas
numa loja MEO onde fiquei a saber que, afinal, havia informação sobre a
rescisão do contrato que não tinha sido introduzida no sistema (isso explicava
que continuassem as cobranças…), disseram-me que iria receber notas de crédito
com o valor cobrado indevidamente.
De facto, recebi 3 notas de crédito (fotos). Mais
uma vez, após mais de meia hora de espera, próximo da hora de fecho da loja,
com apenas dois ou três clientes a aguardar atendimento, e com os funcionários
agarrados ao computador (provavelmente a fecharem serviços para poderem sair à
hora de fecho – e muito bem), eis que chega a minha vez e volto a ter uma
surpresa: o valor que a MEO me devolvia nas 3 notas de crédito não batia certo
com o valor que o sistema da MEO (ah grande sistema…) queria devolver-me. Proposta
do funcionário: podia receber o valor que constava no sistema informático,
fazia uma reclamação, e posteriormente receberia o resto. Justificação: à hora
a que estávamos a tratar do assunto já não era possível resolver a coisa por
telefone.
Isto é: a MEO recusava devolver-me ao balcão da loja o valor que
constava das notas de crédito que a mesma MEO me enviara. Gastei uma hora entre
a espera e as explicações. Quer fazer a conta? Perguntou-me o funcionário
quando lhe disse que estava a querer devolver-me menos dinheiro do que aquele
que constava nas notas de crédito. O ar empertigado do funcionário ao fazer a
pergunta era aquele de quem acreditava piamente no “Deus sistema MEO” que tinha
à frente. Depois passou a uma cara de incredulidade própria de quem é enganado
por algo que supostamente é infalível. Nem um santo tem paciência para aturar
uma empresa assim.
Resultado: não recebi nada. O funcionário fez uma
reclamação. E disse: daqui por mais ou menos dez dias entram em contacto
consigo. Não acham fantástico? Eu acho. É o retrato do país: os grandes, as
grandes empresas, fazem o que querem das pessoas. Reclamar? Não vale a pena: perdia
mais meia hora e acabaria a receber, se recebesse, uma cartinha a dizer que a
minha reclamação estava a ser analisada ou que ia ser tida em conta. Obrigado,
MEO.
Sim, eu sei, as outras são todas iguais. Mas se alguém da MEO me bater à
porta juro que, no mínimo, o vou insultar. E quando telefonarem façam-no com
jeitinho. Já nem quero saber do dinheiro, só quero que me deixem em paz.
Pinhal Novo, 2 de Outubro de 2015
josé manuel rosendo
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